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domingo, 2 de maio de 2010

A violência nas Escolas, de quem é o problema?

Todo e qualquer esforço no sentido de entender ou identificar as razões que promovem tamanha violência nas escolas, passa necessariamente por uma análise conjuntural da sociedade onde a escola está inserida, prioritariamente no tocante aos aspectos históricos, econômicos, culturais e de produção, sendo estes os constituintes de toda base da matriz geradora de todos os conflitos, disparidades, interesses conflitantes e toda a sorte de agressões a que estão submetidos todos os agentes no processo do fazer na nossa escola e sociedade.
  Uma sociedade capitalista como a nossa, marcada pela desigualdade, exacerbamento do consumo, onde se prioriza o ter, onde se vive cotidianamente em um coletivo social marcada pela insegurança, pela violência, nada mais conseqüente entender o porquê dessa onda expansionista da violência urbana ter alcançado os domínios privativos da escola. A sociedade da insegurança em que vivemos produz invariavelmente uma violência quase generalizada beirando as raias da anomia social, uma violência epidêmica. É neste contexto de Estado- de- violência institucionalizada em que homens e mulheres são barbaramente vitmados. Sociedade e escola guardam entre si estreitíssimos laços, e pode, uma e outra  serem concebidas como a resultante de uma relação de mão dupla, e em assim sendo, a escola incorpora, reproduz, repete e reflete todos os aspectos da sociedade, sejam eles positivos ou não aceitáveis pelo resto do conjunto social.
A escola que ai está é um mecanismo multifuncional  dentro da máquina e da lógica capitalista, pensada em cumprir eficazmente seu papel. O instituto ou instrumento de controle social escolar possui seus particulares dispositivos reguladores: evasão, repetência e exclusão, são o que de mais perverso se pode verificar no interior das práticas das instituições formais de ensino. O individuo vitmado por um desses processos acaba por introjetar para si o estigma do fracasso, da incompetência, da incapacidade, uma vez introjetado esses conceitos, esse mesmo individuo é lançado, jogado no meio social, onde via de regra, exigem- se certas habilidades, determinado domínio para ocupar, desempenhar funções laborativas que, o meio onde ele vive requer; desprovidos de tais saber, mais uma vez é rejeitado excluído do contexto produtivo.
É desse homem, dessa mulher, multi- vitmados que estamos tentando delinear de gênese da violência urbana, rural, familiar e escolar; é desse universo de inter- relações intrínsecas --- de natureza econômica, histórica, social e cultural---, que se encontra enraizada toda fonte de violência. A violência escolar alcança índices alarmantes na nossa sociedade, ganha contornos epidêmicos e faz alunos, professores, gestores e a comunidade reféns. A violência contra os professores tem preocupado sobremaneira especialista em segurança pública e autoridades responsáveis; variados foram os diagnósticos, inúmeras são as propostas que apontam no sentido de equacionar tal fenômeno, mas, definitivamente nenhuma medida conseguiu debelar, controlar a crescente violência nas escolas. A ausência de um Estado- providência, atuante, combativo é, via de regra, uma vertente explicativa para tamanha violência nas escolas e na sociedade.
Não há medidas ou soluções mágicas, mas, defendemos taticamente a mudança de postura daqueles que sofrem toda ou qualquer manifestação de violência, para tanto é preciso que denunciemos tudo nesse sentido; guardadas as devidas proporções cabe igualmente as instituições de ensino adotarem uma postura que implique na mudança do paradigma escolar. Via de regra, as análises que tratam do assunto, cometem a infelicidade de apresentar respostas parciais, fragmentadas sobre a violência escolar. Quem sabe uma possível alternativa não resida no fato da escola abrir mão do poder de discriminação? Faz- se necessário uma reação organizada por parte de todo o corpo de atores sociais que compõem o organismo escolar, é mais que urgente que escola e sociedade conjuntamente desenvolvam mecanismos cuja função primeira objetive a superação do fenômeno da violência escolar que, em muito toma de assalto milhões de jovens e profissionais de educação, expondo todos a uma situação de constrangimento e vergonha nacional.

Dimas Cassimiro- Professor- pesquisador, Pedagogo, Especialista e Mestre em Educação.

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